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Leigas e leigos são a esperança da Igreja

Mestre em exegese bíblica assina artigo em que comenta os dados do Anuário Pontifício que "constata certo 'desequilíbrio pastoral', uma vez que há mais fiéis e menos pastores. O que fazer então? Uma das respostas vem do próprio laicato", afirma João Luis. Igreja e congregações religiosas abrem cada vez mais espaço para os leigos viverem a vocação e contribuírem na vida e missão.

13.09.2022 | 3 minutos de leitura

Leigas e leigos são a esperança da Igreja

João Luis Fedel Gonçalves*

Nos últimos anos, a Igreja Católica vem observando um fenômeno que preocupa: a redução significativa no número de novas vocações sacerdotais e religiosas. Recentemente, a Santa Sé – jurisdição eclesiástica da Igreja e entidade soberana independente em Roma – divulgou o Anuário Pontifício de 2022, que revela uma redução no número de padres, bispos, religiosos e religiosas de maneira generalizada, ainda que com diferenças regionais.

Por outro lado, o Anuário Pontifício apresenta outro dado impactante: o número de católicos batizados no mundo aumentou 1,2% em 2020, ultrapassando os mais de 1,3 bilhões de fiéis ao redor do mundo. O documento, inclusive, constata certo "desequilíbrio pastoral”, uma vez que há mais fiéis e menos pastores.

O que fazer então? Uma das respostas vem do próprio laicato. Cresce o número de batizados que compreendem sua vocação e se comprometem com a vida e a missão da Igreja. Assumem tarefas e ocupam espaços nas comunidades e na sociedade. Em muitos lugares em que há falta de sacerdotes e religiosos, são a presença ativa e atuante da Igreja.

Em junho deste ano, por exemplo, o Papa Francisco promulgou, durante a Constituição Apostólica Praedicate evangelium, uma norma que autoriza a liderança de Leigos e Leigas nos dicastérios vaticanos, cargos que até então eram reservados aos bispos.  Essa medida mostra um sinal claro do Papa fortalecendo a participação efetiva do laicato na vida da Igreja e, também, nos espaços de decisão.

Muitas congregações e institutos religiosos têm feito o mesmo movimento de abertura. Há Leigas e Leigos que estão envolvidos com os carismas. Para isso, se organizam em associações, seguem itinerários formativos e fazem compromissos de viver a mesma espiritualidade e se engajar na missão.

O Instituto Marista, embora tenha sido iniciado pelos Irmãos Maristas, encontrou um jeito bonito de sinalizar esse novo momento. Em vários documentos e comunicações aparece a expressão “Maristas de Champagnat”. Quem são? Todas as pessoas que participam do mesmo carisma e missão: Irmãos, Leigas e Leigos, colaboradores, famílias, crianças e jovens. Ser Marista não é um privilégio ou uma função, mas um jeito de ser, um modo de enxergar o mundo, que aprendemos do fundador, Padre Marcelino Champagnat.

Até 2024, acontece em todo o mundo Marista, presente em 80 países, o Fórum Internacional sobre a Vocação Marista Laical. O objetivo é discutir o que significa ser Marista de Champagnat, refletir sobre as trilhas formativas e pensar formas de associação e de vida comunitária. Esse é um caminho que está sendo feito junto com os Irmãos Maristas, a partir do último Capítulo Geral do Instituto, em 2017. Naquela época, o Capítulo já previa: o futuro dos Maristas de Champagnat é um futuro de comunhão entre vocações religiosas e Laicais.

*João Luis Fedel Gonçalves é mestre em exegese bíblica e especialista em Identidade, Missão e Vocação na Província Marista Brasil Centro-Sul

 
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