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O Papa: formar novas gerações para a construção da paz

Estou certo de que o Ciclo de Estudos em Ciências da Paz que estabeleci na Universidade Lateranense contribuirá para formar as gerações mais jovens na promoção da cultura do encontro que é a base de uma comunidade humana modelada pela fraternidade, a norma de ação para construir a paz”. São palavras da Mensagem de Francisco aos participantes no Congresso Internacional dedicado aos 60 anos da “Pacem in terris”

11.05.2023 | 3 minutos de leitura

O Papa: formar novas gerações para a construção da paz

Jane Nogara - Vatican News

O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do Congresso Internacional realizado na Pontifícia Universidade Lateranense, dedicado ao tema “Paz entre os povos. Os 60 anos da Pacem in Terris”.

Os efeitos da guerra e da paz

Francisco iniciou sua mensagem com palavras claras e objetivas ao afirmar que “a guerra nunca deu alívio à vida dos seres humanos, nunca foi capaz de guiar seu caminho na história, nem de resolver os conflitos e as oposições que surgiram em suas ações”. Reiterando ainda que “os efeitos da guerra são as vítimas, a destruição, a perda da humanidade, a intolerância e até mesmo a negação da possibilidade de olhar para o amanhã com confiança renovada". Enquanto que a paz, continuou o Papa, “como objetivo concreto, permanece na alma e nas aspirações de toda a família humana, de cada povo e de cada pessoa”. Afirmando em seguida que “esse é o ensinamento que ainda hoje podemos extrair da mensagem que São João XXIII quis lançar ao mundo com a encíclica Pacem in Terris. Uma mensagem positiva e construtiva que lembra que construir a paz significa, antes de tudo, o compromisso de estruturar uma política inspirada em valores autenticamente humanos que a Encíclica resume em verdade, justiça, amor e liberdade”.

A humanidade ainda não compreendeu

Porém continuou Francisco, “sessenta anos depois, a humanidade parece não ter compreendido o quanto a paz é necessária e o quanto ela traz benefícios. De fato, olhando para a nossa vida cotidiana vemos como o egoísmo de alguns e os interesses cada vez mais limitados de poucos levam a pensar que se pode encontrar nas armas a solução para tantos problemas ou novas necessidades, bem como para os conflitos que surgem na realidade da vida das Nações”. Falando sobre a realidade atual acrescenta ainda “o aumento dos recursos econômicos para armamentos voltou a ser um instrumento de relacionamento entre os Estados, mostrando que a paz só é possível e alcançável se for baseada no equilíbrio de sua posse. Tudo isso gera medo e terror e corre o risco de esmagar a segurança, porque se esquece de como ‘um evento imprevisível e incontrolável pode desencadear a faísca que põe em movimento o aparato bélico’ (Pacem in Terris, 60)”.

Dever dos Estados

Como bem explica a Encíclica, os Estados, chamados por sua natureza ao serviço de suas comunidades, “têm o dever – afirma o Papa - de operar segundo o método da liberdade e de responder às exigências da justiça, sabendo, porém, que ‘o problema da adaptação da realidade social às exigências objetivas da justiça é um problema que nunca admite uma solução definitiva’ (Pacem in Terris, 81)”.

Ciências da Paz

Por fim o Santo Padre escreve na mensagem que espera que “essas breves notas possam contribuir para o objetivo de aprofundar a Encíclica que a Pontifícia Universidade Lateranense e o Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral promoveram”. Na sua conclusão escreve:

“Confio à Universidade a tarefa de aprofundar o método de educação para a paz, para uma formação não apenas adequada, mas ininterrupta. [...] Estou certo de que o Ciclo de Estudos em Ciências da Paz que estabeleci na Universidade Lateranense contribuirá para formar as gerações mais jovens nesses objetivos, para promover a cultura do encontro que é a base de uma comunidade humana modelada pela fraternidade, que é então a norma de ação para construir a paz”.

 

 

 
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