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5 dicas para viver a espiritualidade franciscana no tempo do Advento

No presépio, vendo o Jesus pobre e vulnerável somos comovidos a amá-lo mais e melhor. O que o Advento e a espiritualidade franciscana têm em comum? Confira!

Igreja

15.11.2022 05:00:00 | 7 minutos de leitura

5 dicas para viver a espiritualidade franciscana no tempo do Advento

O Advento é o tempo onde nos preparamos para a vinda de Jesus, atentos e vigilantes. A proximidade com o Natal enche nosso coração de alegria, mas uma alegria que não é eufórica e nos distrai da necessidade de constante conversão para acolher e receber Deus da maneira mais excelente e zelosa da qual somos capazes.

Neste período, é de costume refletirmos sobre as duas vindas de Jesus ao mundo, na Encarnação, como um pobre menino na manjedoura de Belém, e sua vinda futura, em poder e Glória, onde nossas escolhas do agora nos conduzirão na Eternidade.

Por isso, mas não apenas por este motivo, aproveitamos essas semanas que antecedem o nascimento de Jesus buscando intensa oração e reconciliação com o Senhor. Já a outra razão, o Papa Francisco nos revela em uma de suas homilias, apontando que a terceira visita que Deus nos faz é "no presente: o Senhor visita-nos continuamente, todos os dias, caminha ao nosso lado". 


Muitas vezes nos esquecemos, mas convivemos com o Senhor todos os dias! Convivemos com Ele nas pequenas situações do nosso cotidiano, nos nossos irmãos, principalmente naqueles que têm fome, sede, são peregrinos, estão enfermos ou sofrem, como recorda o capítulo 25 do Evangelho de São Mateus. Como sabemos, São Francisco enxergou essa presença divina nos pobres, ali estava sua vocação, seu propósito e Amor, diante disso, percebemos como a espiritualidade franciscana está estreitamente relacionada ao espírito do Advento!

Inspire-se para viver um santo Advento com as dicas a seguir, acompanhe:

1. Perceber que Deus escolheu nascer na simplicidade 

Foi em uma estrebaria, entre os animais, no frio de uma gruta, sobre as palhas que o Deus de todo o Universo escolheu nascer, todo vulnerável e pequenino. A cena do presépio nos desperta a interiorização: olhe a imagem do Menino Jesus, o que vem na sua cabeça?

No próximo ano, 2023, celebraremos os 800 anos da criação do primeiro presépio, nosso querido São Francisco de Assis foi quem idealizou. Conta-se que na noite de Natal de 1223 em Greccio, no centro-sul da Itália, o santo buscou tornar o entendimento do momento que viviam ainda mais real para os camponeses que lhe escutavam. 

Com uma pedagogia de coração construiu a paisagem já conhecida e consolidada hoje em nossas almas, e o milagre não parou por aí, pois a imagem torna-se viva e o Menino Jesus sorri para São Francisco, que O abraça. Todos os presentes, maravilhados, se colocam imediatamente em atitude de adoração pela grande graça recebida.


Não é novidade que é característico de São Francisco a virtude da pobreza, esse movimento de sempre preferir amar a ser amado, levar a esperança, a luz, a verdade, a alegria por onde passa. Sua conversão deu-se no contato com um leproso, beijou-o e encontrou seu Deus que se faz pobre, se faz desprezado, para morar dentro de nós.

Aprofunde-se no sentido da pobreza para São Francisco aqui! 

2. Voltar os olhos para a Mãe de Deus, a 'pobre Senhora'

O menino Jesus veio ao mundo como um de nós e escolheu um ventre tão simples e humilde quanto o presépio para fazer morada por 9 meses. Maria Santíssima nos ensina a gerar um coração pronto para acolher o Menino Jesus.

No Advento, Nossa Senhora é uma das personagens essencialmente importantes, é Ela que dá o "sim" ao plano de Deus que nos traz a Verdadeira Vida, Ele próprio que "olhou para sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações" (Lc 1, 48).

A Mãe é nosso grande exemplo, sempre disponível à vontade de Deus, em silêncio, em prontidão e com um coração apaixonado pelo Filho.

“Num dia em que (São Francisco) estava sentado a almoçar, um dos frades lembrou a pobreza da Virgem bem-aventurada e as privações de Cristo seu Filho. Ele se levantou imediatamente da mesa, soltou dolorosos soluços e comeu o resto de pão no chão nu, banhado em lágrimas. Dizia que a pobreza era uma virtude real, pois brilhava de maneira tão significativa no Rei e na Rainha” (2 Celano 200, 3-7).

Reconheçamos, tal qual Francisco, a Serva como nosso modelo!

3. Buscar a Deus em primeiro lugar e confiar na providência, assim como São José 


A espiritualidade da nossa Congregação, que tem providência inclusive no nome, é centrada nessa confiança na vontade do Senhor, que sabe e tem o melhor para nossas vidas, mesmo quando não compreendemos.

São José é uma das figuras do Advento que passou, particularmente, por uma situação como essa. A notícia de Maria grávida, no contexto da época, era um grande desafio de confiança para José, e a resposta das suas ações também mostram como o escolhido pai adotivo de nosso Jesus, do próprio Deus, era um homem justo, sempre fiel às palavras do Senhor, “Fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado” (Mt 1, 24). 

Quando buscamos o Senhor em primeiro lugar, o fardo se torna mais leve e conseguimos viver nossa missão com o coração em paz, organizado para acolher Deus no dia a dia, assim como São José convivia com o Menino, ensinando seu ofício da carpintaria, da mesma forma como os santos conviveram com Cristo, nos pobres e sofredores. 

4. Compreender a misericórdia de Deus que se abaixa até a nossa humanidade

O sentido da palavra "misericórdia" é a "miséria de coração". O Grande Senhor de todas as coisas se fez miserável para encaixar-se em nossos corações, para derramar em nós o seu Amor.

Na Liturgia do segundo domingo do Advento, relembramos São João Batista como aquele que preanuncia e aplaina os caminhos do Senhor, ele que também semelhante ao carisma franciscano, vivia peregrino e confiando na providência, "usava uma vesti­menta de pelos de camelo e um cinto de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre" (Mt 3, 4).

No ápice do encontro entre os primos, Jesus e João Batista, acontece o Batismo do Senhor, o qual não precisava de conversão, sendo perfeito, 100% Deus, porém, seu lado 100% humano com nós se colocou nesse acontecimento e foi onde, justamente, Deus se manifesta mostrando o seu Amor pelo Filho, pelos filhos, fazendo descer do Céu o Santo Espírito.

"Façam sempre em si mesmos uma habitação e uma morada para Ele" (São Francisco).

Cuidemos do lar do Espírito de Deus em nossos corações, Deus desejou ser amado por nós!

5. Nunca perder de vista o seu ponto de partida

Pelas palavras da franciscana Santa Clara de Assis, podemos notar que nosso Jesus nunca perdeu o foco, o sentido da sua missão salvadora. Ele nasceu no "último lugar" e morreu também no "último lugar", na cruz.


Mas quando pensamos em humildade e em último lugar, não olhamos para baixo, mas mantemos nossa percepção nas coisas do Alto, pois é de lá que Ele virá novamente, "Maranatha!". O além do que se vê é claro para quem tem um coração peregrino na terra e cidadão do Céu.

Com os olhos no Eterno, assim também é a nossa vocação, experimentada no Amor e perseverante Nele. Vamos descobrir a sua vocação?

Você também pode entrar em contato conosco para compreender mais sobre a espiritualidade da nossa Congregação pelos seguintes telefones (11) 3501-0106 ou (11) 95114-0229 e acompanhe-nos em nossas redes sociais: Instagram e Facebook

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